terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Esqueceram da gente?

Todo ano no Brasil, na época do Natal, a rede Globo passa "Esqueceram de Mim". Seja o primeiro ou o segundo, é tão certo de passar quanto a Missa do Galo (nunca entendi esse nome). Esse ano deve ter passado, e , como não estou lá pra assistir, porque eu adoro, eu e meu colega Alfredo assistimos no avião enquanto íamos como passageiros (a trabalho) prum lugar longe.
Eu lembro que no Natal de 2005 passei sozinha na Alemanha e por lá tbm passaram Esqueceram de Mim 2 e eu chorei quando o Kevin está na árvore do Rockfeller Center e pede pra ver a família dele nem que fosse por um segundo. Eu também queria ter uma estrela da sorte pra pedir isso neste Natal. E minha igreja... que saudade que eu sinto da minha paróquia e do meu pároco (Salesianos de Dom Bosco com muito amor!), das missas de domingo e principalmente nessa época de Natal. Também gosto da ceia de Natal, como diria minha amiga Cristiane, onde se come tanto que sai da mesa engatinhando (lol), do pavê que minha mãe faz e do chester (que eu sempre faco corelacão com o vocal do Linkin Park e lamento o nome culinário dele).
Passei 4 dias consecutivos olhando p cara de Alfredo e foi uma boa companhia enquanto voávamos por países distantes. E quem mais assiste Esqueceram de Mim (1) no avião e ainda ri do ladrão magrino??! Confesso que curto esse filme e adoro o ladrão magrinho e dou gargalhadas dele. E assim sendo, já que não vou passar o Natal no Rockfeller Center igual ao Kevin, desejo a todos um Feliz Natal!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A quoi bon les sanglots inonder les coussins?

Eles passaram anos juntos, tantos aniversários comemorados com as tortas preferidas dela. Eles conversavam sobre todas as coisas e se viam todos os dias. Ele era só o que interessava pra ela. Ainda pode se lembrar da cena, eles terminados e outra no colo dele no dia seguinte. Ele se arrependeu, voltaram, porque tudo que ele fazia era facilmente perdoável. Ele insistia em dizer que estava indeciso e que não acreditava que um dia eles poderiam voltar a ser o casalzinho feliz que um dia foram. Chega um ponto onde não se tem mais como voltar atrás. Relacionamentos deveriam ter data de validade. Por mais que dissessem que azedou, ela não acreditava.
Como febre depois de uma noite. De repente, ela via tudo o que ele fingia. É triste ver que a pessoa por quem você é tão desesperadamente apaixonada simplesmente não existe mais. Só sobrou aquela casca tão lotada de mentiras.
Depois, ele vem pedindo perdão. Agora ela tinha só o coração seco. Mas por que ele vinha tão tarde? Se outro já tinha tomado o seu lugar na cama dela.
E no final, amor é só uma palavra. Como tantas outras que eles disseram.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Ócio

Entre tosses e repouso, um tempo na internet.
Falta idéia pra postar no blog, preguica de responder e-mails. Vai enrolando, deixa pra daqui a pouco.
Outro acesso de tosse.
Hora do remédio.
Hm, deu fome.
Volta pra internet, várias janelinhas piscando no MSN. Os e-mails continuam esperando. Há um mês talvez. O blog também.
Mais tosse. Mais remédio.
Pelo menos terminei de ler um livro.
Sono de 3 dias sem dormir, fuso-horário estranho. Mesmo assim não durmi mais do que 6 horas nas duas últimas noites.
As coisas vão se aculumando: som pra instalar, roupa pra passar, mala pra desfazer e preparar a próxima.
E a internet consumindo o tempo com nada realmente útil.
Preciso fazer algo mais produtivo.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Vendo beleza onde não tem.

Uma coisa é gostar da música, gostar do cara como artista. Outra coisa é dizer que o cara é bonitão.

Gosto cada um tem o seu, mas, francamente, você pode até gostar de Green Day. Eu também gosto. Mas daí a dizer que o Billy Joe é bonito não tem como!!!!!!!!!! Idem idem com as inúmeras fans de My chemical romance que acham o Gerard Way bonito. Eu também gosto de MCR, mas o vocalista é medonho, ainda depois que ele pintou o cabelo de loiro e cortou, como diria minha sincera amiga Isa, não sei o que é pior nele.




E depois dizem que eu que tenho mau gosto...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

(Bendita) síndrome de limpeza

Fragmentos adaptados do e-mail que mandei pra minha mãe.

Essa história de ficar velho e morar sozinha dá trabalho. Dá muito mais trabalho quando se tem uma mãe manhíaca por limpeza que me educou assim.
Pois bem, ontem o técnico veio consertar a máquina de lavar. Ela estava vazando tanta água por baixo que fazia um laguinho no chão e antes de acabar, fazia tanto barulho que parecia que ia levantar voo. Segundo ele, alguma coisa lá atrás da máquina que regula a água quebrou, por isso que estava vazando. Aí ele disse p eu esperar ateh hj d tarde p poder usar. E eu já tenho um saco de roupa esperando a bendita voltar à vida.
Tenho q ir ao IKEA comprar coisas p casa, tô sem cortina no banheiro e tá o Ó molhar o banheiro inteiro e ter q secar depois. Pior q só tenho UM (1!!!!!) piso e tenho q lavar e secar no mesmo dia senão fico sem. Vou comprar outro.
Falei com o cara responsável pelo prédio q eu tava num apartamento com as paredes manchadas pq n deviam limpar há séculos, vamos ver se pintamos mês que vem. O chão é todo de piso frio (exceto os quartos), a menina que mora comigo falou q qd ela veio p cá, ela limpou entre os pisos da cozinha, um por um. E vamos ter q fazer isso na sala e no quarto das máquinas, pq sério, tá literalmente PRETO. E a parede do quarto das máquinas? Jesus-Maria-José, só pintando! Sem contar que tem rachadura. Será q a parede vai cair? Não entendo disso, pra mim rachou = fudeu. Eu lavei o chão com água, sabão, vassoura e rodo (quero uma piacaba!!!!!!!!) e a janela e ainda tá com cara de sujo-imundo por causa da parede carcomida. Acho q colocar uma lâmpada mais clara tb vai ajudar. O rodapé nem vou comentar, eu achava q era frescura da senhora minha mãe, então viva a frescura! Mas eu tô fora.
Outra coisa é como é q eu vou saber qual é o número do botãozinho q eu tenho q usar a máquina de lavar?! P mim é td ligar, lavar, acabar. Sério, tem lá: pré-lavagem, coloridos, não-coloridos, sintético, lã, lavar com água fria etc etc etc. Eu não sei o q fazer. Ponho qq coisa lá e a roupa sai lavada. Tbm n sei o q pode e o q não pode ir a 90, 60 ou 30 graus. E n adianta olhar a etiqueta pq tem roupa q nem etiqueta tem, tipo os lencois, fronhas etc. As máquinas antigas (que nem a da minha mãe q já tem 25 anos de trabalho duro diário e ainda vive) são menos complicadas q as novas. Comeca a ficar cheia d botãozinho, cheia d opcões, parece mais nave espacial. E não tem tanque, o q eu acho um absurdo. Lavo roupa íntima e pano d prato na pia ou na banheira, pq tb n ligo a máquina p bater um pano de prato (e gracas a senhora Limpeza, não lavo pano de prato junto com roupa) e tenho a impressao q ele vai se desfazer lá dentro.
Bem, vou lá tomar banho sem cortina e ir na IKEA comprá-la. Não tá dando p ser feliz sem.
E vamos que vamos que eu tenho é coisa pra fazer.

Isaura



Por sugestão de Antônio, segue a foto dos botõezinhos e indicacões da Dona Máquina que ainda não me dizem nada.








sábado, 8 de novembro de 2008

"Pois que a vida é assim: aperta-se um botão e eis que a vida acende"

Cidade cinza,
cerveja
e garoa.


Café-da-manhã,
metrô,
pessoas,
almoço,
metrô,
casa,
bar,
casa,
msn,
cama.

Gosto bastante dessa rotina.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Esperando...

Falta um pouco mais de uma semana.
Depois de quase três meses, só falta um pouco.
E vão ser 24 horas.
Mas eu sei que serão 24 horas felizes.
Porque eu sinto muito a sua falta.
Eu vou levar cachaça e sudoku.
Você só tem que levar a si mesma.

Hoje é sexta-feira.
Vai ser em um domingo.
Dia 9, não é?

Eu vou em esforçar pra nunca esquecer esse dia.
Eu vou estar lá.
Eu quero muito te ver.
Nunca gostei muito de domingos.
Mas eu vou abrir uma exceção.

Nós vamos falar da vida.
Nós vamos falar dos pólos.
Nós vamos falar de tudo.
Nós vamos falar de nada.

Eu vou roubar essa semana.
7 dias não farão falta.
Porque em 9 dias você vai estar lá.
E eu também.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Previously on Lost

Na verdade Michael é Augustus Hill, um sujeito que foi se travestia e cantava em festas pelo codinome de Mercutio. Foi preso e cumpria pena em uma penitenciária de seguranca máxima. Augustus sobreviveu a uma facada no abdome e saiu da prisão por debaixo dos panos, já que todos achavam que ele morreu, com a ajuda da médica latina responsável pela enfermaria do presidio, que por sua vez, era amiga de uma policial fodida, Ana Lucia, que armou todo o esquema para libertar Hill.

Mr Eko é na verdade o conhecido traficante nigeriano Adebisi, que cumpria prisão perpétua na mesma penitenciária de Augustus, aka Michael. Vocês não engoliram aquela historinha de padre ?!

Ana Lucia, a policial mais errada do século, por ironia do destino, acabou trabalhando em aeroporto e conheceu assim o doutor Shepard, um excelente cirurgião de coluna, que fez com que Augustinho voltasse a andar. A vida ia muito bem, obrigado, até que ele descobre um filho até aí ignorado e precisa levá-lo de volta a Los Angeles. Encarando os fatos, Augustinho se viu ameaçado de ter a identidade relevada quando descobriu que Adebisi estava na mesma porra de ilha. Encurralado, com medo de ter sua identidade revelada, ele mata Ana Lucia e rala no barquinho.

Ben enrabava criancinhas nigerianas. Adebisi, também misteriosamente sobrevivente de uma facada e evaporado do presídio, foi ao quinto dos infernos (literalmente) vingar o pequeno que Ben, utilizando seus conhecimentos anatômicos de sua anterior profissão de enfermeiro, friamente assassinou tentando encobrir com ritos de santeria, o que deixou Adebisi profundamente irado. Acabou que o lostzila eliminou Adebisi antes que ele tivesse a chance de colocar as mãos no Ben.

Atrasado na história, o detetive John Basil estava na cola de Adebisi desde que se passou por presidiário para descobrir o tráfico na penitenciária Oswald, conhecida como OZ. Confiando na cara de bobo de Hurley, foi atrás dele colher informações quando Hurley estava pirando o cabeção no sanatório. Pra variar, não deu em nada.

E, na verdade, o homem atrás da cortina, o mágico de OZ, não é Locke nem Ben, é tudo uma teoria de conspiração do governador Devlin (esse sujeito aqui embaixo).





Fonte: Angus de LaRoc - roteirista e diretor





Se você não entendeu nada:

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Timetable

As flores voltaram a crescer lá fora; roxas, vermelhas e amarelas.
Já dá até pra ficar sem ar-condicionado e de tarde até corre uma leve brisa.
A mala pronta pra próxima jornada.
As arranha-céus, a poeira, as avenidas entupidas; mas a cidade que eu escolhi amar.
O tempo passa e eu queria que o dia fosse maior.
Saudade de tanta coisa.
Fazer dieta. Perder 10kg.
Aturar academia (ainda bem que inventaram o ipod), lutar contra o chocolate.
Mais dinheiro em supermercado.
Quero ganhar em dólar americano.
Fazer coisas mais úteis do que perder horas na internet.
Um comprimido para dimunir as dores. Para diminuir os comprimidos, você sabe que tem que viver um dia de cada vez.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Nostalgia da infância paulistana

Estava conversando com um amigo um dia desses, aquelas conversas que assuntos surgem do nada e começamos a falar sobre nossa feliz infância em São Paulo. Entre elas, o Parque da Mônica pra mim ainda é a melhor. Eu fui tantas vezes que não sei mais. As casas da Mônica e da Magali que só tinha vários vestidos iguais no guarda-roupa; o banco com cheques e dinheiro da Mônica e a pscina de bolinha. Mas não adianta querer voltar lá na próxima ida a São Paulo, numa crise de infantilidade que me ocorre de vez em quando, pois nossa altura atual não nos deixa entrar na maioria dos lugares. Se é que ainda se usa aquele medidor de altura, o qual eu acho muito injusto; se a criança é muito alta pra idade dela, coitada. Pelo menos o parque continua lá.
Lembramos do finado Simba Safari. Sempre tinha um macaco pra grudar na grade de proteção da janela do carro. meu tio dizia que os animais já o conheciam, toda vez que ia visita ele tinha que levar no Simba Safari. Era uma idéia interessante deixar os bichos soltos, agora eles voltaram pro cercado, virou um zoológico que as pessoas vão visitar de carro.
E quem lembra do The Waves? Sinceramente, lembro vagamente, não tenho uma memória muito boa e essa infância paulistana já aconteceu a acabou há muitos anos. Lembro da pscina de correnteza que era uma dificuldade pra sair dela; a pscina de onda que eu achava ideal, detesto o sal da água do mar; os toboáguas multicoloridos e incrivelmente grandes. Também acabou.
Itu. Viajava-se um tempinho pra fora da cidade de São Paulo pra ver a tal da cidade onde tudo é gigante. Só se for gigante na monotonia. Não tem nada "de Itu" em Itu, apenas um orelhão (que remota ao tempo dos orelhões de ficha) gigante e umas borrachas enormes da lojinha de lembrançinhas de Itu. Que fiasco de lugar.
Também não fica muito pra trás no fiasco a Cidade da Criança. Coitada das crianças, deviam ir lá cheias de alegria num lugar supostamente pra se divertirem. A única coisa que lembro são de uns brinquedinhos velhos e um poço pra jogar moeda e fazer desejo. Imagino quantas moedas foram jogadas alí desejando que o lugar se transformasse numa verdadeira cidade da criança, uma disneylândia nas inocentes cabecinhas infantis desapontadas. Se alguém voltar lá pelos dias atuais, me digam como está.
Mas de todas as lembranças, as mais presentes na minha memória é o barulho do metrô e dos aviões sobrevoando baixinho o bairro de Jabaquara. E minha tia que tomava sol na varanda e acenava pra eles. Carioca sem praia se vira do jeito que pode.
Criança se diverte com qualquer coisa e é por isso que guardo boas lembranças dessa nostálgica infância paulistana. A última vez que estive lá, pode-se dizer que fiquei levemente entediada. Afinal, só me restaram as recordações, nem a família ficou por lá.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Constatacão genética

Mistura baiano com polonês: nasce o árabe

(Foto do meu amigo autor da filosofia aqui)




(Obs: ele não é árabe)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"I've been locked inside your heart shaped box for weeks"

Amanhã nunca chegou. Ele pode ser legal, engracado e ainda bonito. O pacote completo pra pessoa errada. Ela precisava de um amigo e ele queria uma vantagem enquanto a colocava no número um. Encontros ocasionais, conversas superficiais, abracos convencionais. Talvez amanhã se vejam de novo, se ele não for atrás do arco-íris. Ela poderia ficar na espera, estava bem guardada no compartimento de amigas com vantagem. Ela podia caber nesse sapato, mas é ruim ficar apertada enquanto ele anda pelos números seguintes. E enquanto a caixa de colecão dele ia aumentando, ela não quis mais ficar alí parada enquanto sentia o cheiro das vantagens que ele chama de amigas.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Agora que ela se foi...

Pintar de rosa os meus dias.
Dias que nós sonhamos juntas.
Lembranças nunca vividas.
Sudoku de doze.
Baiacu estacionando.
O pólo errado.
A escolha não intencional.
Algodão doce.
Crônicas de casamento.
Milhões de planos nunca concretizados.
Toukinha.
Camões no ponto de ônibus.
Temporal.
A usurpadora.
"Que santo é esse?"
Mágoas dos eclesiasticos.
Colina da casa de Lana.
O dinheiro da merenda.
A velha senha.
Amnésia alcóolica.
Melodramas.
Stella Maris.
OZ.
Matar aula de educação física.
Levanto tora.
A padaria.
O gordo jogando futebol.
Byousoku.
Cartas escritas nas aulas.
Dias de shiva.
Guaracola.
Medo de Pizzer.
Nas montanhas de marrocos, explode um alho-poró.
A decoração feita pela mãe de Nathalie.
Em seu lugar.
O pior de todos os anos.
Esfera.
Dezesseis de maio.
Tomada de guarda-sol aberto.
Santa Eulásia.
Carmen Sandiego.
Pagodinhos.
O câmera.
"I still love you, girl from mars."
A decadência da idade.
Linz (de Vasconcelos).
A telepatia.
Funks antigos.
A vaca fria.
Mô.
"Filme favorito: Blade"
Três pontinhos.
84 CharlingCross Road.
Biscoitos Bin Laden.
Ensopado de carne.




...essas coisas não têm sentido.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cartas

Apesar de toda a modernidade, o Correio ainda existe. O que chega a ser quase engraçado, as cartas estão se tornando cada vez mais extintas. Modernidade. Agora a internet tomou conta de tudo; as pessoas se comunicam por e-mail, batem papo on-line, até pagam conta e pegam extrato pela internet, procuram telefones e endereços (e acham!) e velha e famosa cartinha também virou virtual, virou e-mail. Ao mesmo tempo que a internet conecta milhares de pessoas, também as desconectam. Tem gente que mora na mesma casa e se comunica por chat, cada uma em um cômodo. E é de se concordar que internet nos rouba um tempo enorme, ninguém senta rapidinho no computador. Por e-mail passam piadas, mensagens enormes de power-point com música ao fundo, as últimas novidades e muita, mas muita mesmo, propaganda - o famoso spam. Pra quê pagar e esperar até um mês pra enviar e/ou receber cartas? E saber o CEP é um sufoco. Basta acessar o e-mail, digitar (tem gente que a letra de forma está até ficando deformada) e um click pra outra pessoa do lado do mundo, ou do outro lado da rua, receber. O mesmo procedimento e a resposta chega. Questão de minutos. Claro que conforto é muito bom, mas há quem sinta saudade das cartas e a surpresa de ser lembrado na caixa de correio é melhor do que a de abrir sua caixa de e-mail e piscarem mais de 50 e-mails não lidos. Sendo que metade discarta-se e muitos levamos dias pra ler, pra responder então... demora-se tanto pra responder que se o destinatário estivesse esperando o carteiro.
Às vezes me pergunto o que seria dos Beatles se tivessem que escrever "Mr. Postman" (senhor carteiro) atualmente, provavelmente seria conciderada uma música cafona, pois hoje em dia liga-se pro técnico do provedor desesperadamente, é como se o mundo sumisse porque caiu a conexão. Enquanto isso, o carteiro percorre as ruas entregando o que ainda não virou digital. Qualquer dia as agências de correio serão só para pacotes?
Uma vez uma amiga me mostrou um site para correspondência com presidiários nos Estados Unidos da América. Eles não têm acesso a e-mail, talvez se tivessem, muitos até escreveriam porque é mais fácil e prático. Afinal não é necessário colocar seu nome verdadeiro, nem o endereço no envelope. Mas eles estão lá torcendo e esperando por uma carta, um pedaço de papel que traga alguma distração, se comunicar com alguém e sentirem que estão vivos, que alguém se importa. Incrível o bem que uma carta, uma simples carta escrita à mão, com o selo postal pode fazer.


Ps: Em homenagem ao final da greve dos Correios.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Bacon pride

Pessoas com manhia de LIGHT me dão nos nervos. Exemplo-mor disso é cozinhar com leite desnatado. O bolo não vai ficar tão bom e a diferenca de gordura é mínima. No final das contas, o light-manhia engordou tanto quanto com o bom leite normal.
Molho de tomate light: o molho vai ficar líquido como água. Não é mais apetitoso comer menos macarrão com um bom molho do que repetir o prato meia-boca "porque o light, então posso"?
Coca-Cola zero não é mesmo igual a comum! Se voce acha que é, não tente me convencer disso. E beba uma garrafa pet dela por dia e veja se voce não vai engordar porque não tem acúcar?! O acúcar também é necessário ao organismo.
Um prato de filé com fritas é incomparavelmente mais apetitoso do que salada de alface com filé de peixe. Se você se engana que é feliz e adora comer isso e nem sente falta de gordura, então seja feliz sem tentar me convencer do seu apetitoso gosto culinário LIGHT.
Acho desagradável ouvir aquele "estou de dieta", porque o 'endietado' não se conforma em estar na miséria sozinho e fica comentando quantas caloridas tem no prato alheio.
Eu sou gordinha porque tenho gosto em comer. E não aturo academia com garotos-cajuzinhos e meninas que fazem musculação pra ter uma bunda pros outros passarem a mão. Quase ninguém vai pra academia porque quer se sentir bem pra si mesmo, mas pros outros acharem que está gostosinho(a). Essas dietas malucas de cortar carboidratos, dieta da fruta e todo o resto não funcionam. Você emagrece enquanto faz, afinal de contas, você não come quase nada; volta a comer = voltou ao peso de antes. Não tenho fôlego pra corrida, e por favor não me venha com essa de caminhar na praia, porque "se caminhar fosse saudável, o carteiro seria imortal!"!!!!
Em prol de uma vida com gordurinhas, mas bem-vivida e com sabor.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Achados e perdidos

"Cadê o namorado?"
Pergunta que todo mundo tem que aturar com um risinho amarelo na cara porque sempre tem um familiar naqueles encontros tediosos de família perguntando isso.
Eu não tenho namorado. Todo mundo sabe disso. Acham mesmo que a pergunta ainda tem graça ou que é bonitinha? Se você não namora, não vive? "Nem um ficantezinho?" Se eu fosse aquelas que ficam/transam com o deus e o mundo, o babaca da pergunta ia se dar por satisfeito porque tenho pelo menos um ficantezinho? E esse "inho" de desprezo no final... eu não finjo sorririsinhos amarelinhos. Eu gosto do solteirismo. Tem gente que se não namora, sobe pelas paredes tamanha necessidade de companhia ou seja lá do que for. Muitos casos, falta de amor próprio. Acho engraçado, muitas pessoas começam a namorar e esquecem dos amigos. Muitas pessoas quando começam a namorar e param de sair, alegam que solteiro sai mais. Pra pegar geral (como se diz vulgarmente por aí)? E qual é a graça disso? Eu não vejo, não gosto de trocar beijos e amassos com alguém que não tenho a menor ideia de quem seja e isso não me faz ter doces sonhos ao chegar em casa ãs 7h da manhã, afinal tive que esperar o primeiro onibus pra voltar da noitada. Eu já passei dessa fase , a de ficar ficando então nunca tive. Correr o risco sem necessidade, porque é maneiro sair com a galera, encher a cara e pegar geral. Por isso passo meus fins de semana sozinha em casa, porque é unanimidade: quem namorado tá com o parceiro e quem não namora, tá na noitadinha da pegação. Dizem que noitada sem ficar com ninguém é noite perdida, pega-se qualquer um(a) que estiver sozinho, pros moderninhos, pega-se até em trio, quarteto, tanto faz. Estamos passando por uma geração crítica de jovens que não sabem se divertir sem noitada com sexo no banheiro da boite, bebendo até beirar o coma alcóolico, fedendo a cigarro, maconha ou a crack, cheirando cocaína e achando que tá abalando sendo um eterno adolescente rebelde, sem donos e sem moral, beirando os 30 anos de idade.
E a 'velha, chata, nerd e encalhada que desperdiça a juventude' estará confortável em casa na companhia dos livros enquanto a juventude moderna estará amanhã sem levar um trabalho a sério, se desesperando porque estão ficando velhos e não conseguem arrumar um par estável, com medo da AIDS, dependente de tóxicos e perdidos na vida. O mais ironico de tudo isso, é que dirão que sou exagerada, mas pensem o que quiserem, essas coisas acontecem o tempo todo e só não presta atenção quem está ocupado demais pensando na próxima balada.



"Os jovens de hoje não têm honra, ética, nem valores!" A. Busmalis

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Menu

Tem uns nomes de comida que eu realmente não compreendo. Estávamos nós (Natsuji e eu) e uma amiga no restaurante, comendo bolinho de bacalhau e pizza (isso pq era nosso primeiro dia de dieta ¬¬') e olhando o cardápio. Eis que nós nunca entendemos o que vem a ser um filé à cavalo.
...

Obs: desenhado por nós na toalha de papel da mesa.

sábado, 14 de junho de 2008

Relacionamentos Modernos

"Uma cena de novela,
uma paixão inesperada
Ela e o namorado dela
Eu e minha namorada
Ela, ela e o namorado dela
Eu e minha namorada"

Uma cena de novela,
uma paixão inesperada
Ela e a namorada dela,
Eu e o meu namorado
Ela, ela e a namorada dela
Eu e o meu namorado

Uma cena de novela,
uma paixão inesperada
Eu e o namorado dela
Ela e minha namorada
Eu, eu e o namorado dela
Ela e minha namorada

sábado, 31 de maio de 2008

Crônicas de um casamento V

Sábado de maio, dia de casamento em um mês de casamentos. A noiva estava linda de branco, como todas as noivas. O noivo a esperava no altar, como todos os noivos. E os convidados entediados pensando na festa, como todos os convidados. Depois da chuva de arroz, o caminho para a festa.
E o câmera tudo filmava.
E depois da festa, o caminho para o motel. E o noivo vai saber o que se passou só na manhã seguinte, amnésia alcoólica.
Ele acorda e se vê no espelho do teto.
- Bom dia, marido.
- Acho que perdi alguma coisa.
- Que nada, amor. Você se divertiu tanto ontem.
- ...
- Ah, amor. Não faz essa cara. Afinal, você foi hilário ontem. O palhaço da festa. Ainda que você deveria ter comido alguma coisa entre um uisque e um prosecco, ao invés de fazer malabarismo com coxinhas.
Ele ri.
- Tudo bem que você agarrou minha irmã. Vai ver você se confundiu, apesar dos vinte quilinhos a mais e o vestido roxo beterraba dela. E a propósito, valsa não é forró. Quer um copo d'água? Engov?
Ele não ri. Nem responde.
- Amor, não fica triste. Foi engraçado. Acontece. O que foi você subindo na mesa girando o paletó e dançando YMCA? Você fez um mosh não intencional na galera. Pegou vovó no colo pra dançar com você.
- ...
- Vai, amor. Foi divertido. Tive que jogar o bouquet umas três vezes porque você sempre se metia no meio dando uma de goleiro. E quando Mariana pegou o bouquet junto com Beatriz, você tinha que ver a pancadaria. Nenhuma das duas queria largá-lo. Fábio se meteu e cortou o bouquet ao meio, com a faca do bolo. Mas eu não sei se isso vai sair no filme. Porque na hora da sua goleada você jogou o câmera no chão. O câmera filmou aquela sua prima Amanda enquanto ela escondia os doces na bolsa. Ela ficou roxa de vergonha. Tadinha... E na hora de trocar as taças?! Você não conseguia de jeito nenhum acertar a boca.
- Falta muito pra festa acabar?
- Pierre me ajudou a levar você pro carro. Você bateu na cadeira e roncou como um bebê. E quando você chegou no motel, você não conseguia fazer nada. Mas isso não é problema, é? Quem não broxa uma vez na vida? É o álcool... Amor, não chora. Está tudo bem. Agora tenta levantar, afinal não queremos perder o avião, não é?

sábado, 24 de maio de 2008

Crônicas de um casamento IV

Sábado de maio, dia de casamento em um mês de casamentos. A noiva estava linda de branco, como todas as noivas. O noivo a esperava no altar, como todos os noivos. E os convidados entediados pensando na festa, como todos os convidados. Depois da chuva de arroz, o caminho para a festa.
E o câmera tudo filmava.

A noiva estava 15 minutos atrasada, mas noivas sempre se atrasam.

30 minutos de atraso, mas noivas sempre se atrasam.
Os convidados começam a ficar impacientes. E o noivo preocupado.

45 minutos de atraso, mas noivas sempre se atrasam.
Os convidados do próximo casamento já começam a chegar, o padre fica impaciente, ligam ininterruptamente e ela não atende. O noivo preocupado tenta disfarçar com sorrisos. O câmera não tem mais o que filmar.

1 hora de atraso, mas noivas sempre se atrasam.
E ninguém sabe dela. A chuva aumenta, os minutos se arrastam...

1 hora e 15 minutos de atraso, mas noivas sempre se atrasam.
Cogita-se trânsito, acidente, desistência. O celular desligado. E dela nenhum traço. E dele não mais sorrisos.

1 hora e meia de atraso, mas noivas não se atrasam tanto.
Ela não vem mais. Os padrinhos, os convidados, fofoca, preocupação e pena misturam-se nos sussurros entre eles. A festa, a igreja, a lua-de-mel tudo pago e tudo pronto. Mas ela não veio.

- Atenção passageiros da Air France com destino a Paris vôo 2308 embarque imediato pelo portão 7.
Com duas passagens trocadas por uma da primeira classe, ela embarca para Paris deixando tudo para trás.

sábado, 17 de maio de 2008

Crônicas de um casamento III

Sábado de maio, dia de casamento em um mês de casamentos. A noiva estava linda de branco, como todas as noivas. O noivo a esperava no altar, como todos os noivos. E os convidados entediados pensando na festa, como todos os convidados. Depois da chuva de arroz, o caminho para a festa.
E o câmera tudo filmava.
Só que dessa vez, não teve caminho para festa. Pode-se dizer que nem da igreja os noivos saíram juntos. Romance por conveniência. Amor vem com o tempo. Eles devem ter acreditado nisso a ponto de terem tentado se casar. Ela percebeu que não importava o quanto ela desejasse, não conseguiu e não conseguiria que o amor viesse. E nada daquilo mais fazia sentido.
- É de livre e espontânea vontade que o fazeis?
- Não.
Então toda a igreja mergulhou em um silêncio perturbador, os convidados se entreolhavam atônitos com tal inesperada resposta. O padre tossia. A mãe da noiva desmaiava. E o silêncio.
Em vista de todos os casamentos, tantos divórcios e traições. Pode-se dizer que esse foi um casal sincero que não chegou a jurar amor incondicional até que a morte os separe. Se tão poucos cumprem aquilo que prometem, então qual o sentido em prometer?

sábado, 10 de maio de 2008

Crônicas de um casamento II

Sábado de maio, dia de casamento em um mês de casamentos. A noiva estava linda de branco, como todas as noivas. O noivo a esperava no altar, como todos os noivos. E os convidados entediados pensando na festa, como todos os convidados. Depois da chuva de arroz, o caminho para a festa.
E o câmera tudo filmava.
Ela estava lá com seu vestido amarelo que acentuava suas excessivas curvas. Seu corpinho roliço impossibilitado de passear com desenvoltura, permaneceu grande parte da festa sentado. Afinal, garçons não costumam servir bem as pessoas que ficam na pista. Resolveu ela então, permanecer ali, naquela estratégica mesa perto da saída da cozinha.
O câmera filma a pista e raramente as mesas. Sempre atrás dos noivos, que cumprimentam os convidados, tiram fotos. Cansado do mesmo trabalho, dos sorrisos forçados, das mulheres que passam perfume para tirar foto.
Dizem que casamento só é feliz para os noivos. Ela se distraía de coxinha em coxinha, ele de uísque em uísque.
O momento mais esperado pelas encalhadas, desesperadas para casar: A noiva vai jogar o bouquet. 1, 2, 3... ela joga para o alto seus braços redondinhos, naquela expectativa de alcançá-lo, de finalmente também ela se casar, como se aquele bouquet fosse a passagem de saída da solidão e da falta de sorte no amor. O seu trevo de quatro folhas. E ele cai como uma luva em suas mãos.
Ela era só alegria e contentamento, como um sonho realizado. Em sua euforia, ela acaba tropeçando em um fio, e cai no chão. O gentil câmera, tentando esconder o riso, lhe ajuda a levantar. E entrega seu bouquet.
-Cuidado, não vá deixar o seu marido escapar.
-Escapar não vai, no máximo quebrou uma das pernas.
E eles riram.
Sábado de maio, dia de casamento em um mês de casamentos. A noiva estava linda de branco, como todas as noivas. O noivo a esperava no altar, como todos os noivos. E os convidados entediados pensando na festa, como todos os convidados. Depois da chuva de arroz, o caminho para a festa.
E o câmera se casava.

sábado, 3 de maio de 2008

Crônicas de um casamento I

Sábado de maio, dia de casamento em um mês de casamentos. Ela estava linda de branco, como todas as noivas. Ele a esperava no altar, como todos os noivos. E os convidados entediados pensando na festa, como todos os convidados. Depois da chuva de arroz, o caminho para a festa.
E o câmera tudo filmava.
A festa tocava as mesmas músicas de todo casamento, os convidados comendo e bebendo, caindo trêbados, enquanto a mãe da noiva se gabava de tão bela filha. Afinal, nunca achou que aquela puta fosse se casar. E o noivo sorria.
Anos e dois filhos depois, o marido, na internet, navegando por sites pornográficos, afinal ele não conseguia mais sentir tesão por aquela gorda que estava na cozinha fazendo o almoço. "Noivinha safada dá no banheiro", ele clicou.
Ele reconheceu aquele vestido, era ela, mas não ele. A câmera na pia, os dois na parede. E ao fundo dos gritos dela podia-se ouvir a música de festa. Ele podia ainda reconhecer o crachá do câmera.
- Amor, o almoço está na mesa.
Ele se levanta, ainda atônito.
- Você se lembra da nossa festa de casamento?
- Isso já faz muito tempo. Por que essa pergunta agora?
- E do câmera?
Ela não responde. E ele vendo no que ela se transformou, entendeu aquele silêncio, afinal, daquele dia nada sobrou. A beleza, a vaidade, o amor, o sexo, nada daquilo existia mais. Tudo o que sobrou é o album de fotos. E é com este que ele se tranca no banheiro, bate punheta e chora.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Para sempre

Comecei a mexer naquela velha caixa de sapato. Há muitos anos de histórias lá dentro, alguns papéis já remendados de tanto serem lidos e dobrados, alguns, escritos a lápis, já falham as letras. Tantas cartas, tantas memórias... alí dentro encontrei lembranças boas, dei risadas, também as que me fizeram chorar. Reli sobre o que escrevemos sobre amigos, pessoas que já até tinha esquecido que existiam. Enfim, memórias. Eu nunca tive o hábito de escrever cartas, na verdade gosto delas, mas não me concidero bom escrito. Adorava receber as cartas dela, cada envelope na caixinha do correspondência no meu nome e eu entrava em êxtase, sabia que seria dela. Morávamos longe, e as cartas nos mantinham tão perto, tínhamos os mesmos sentimentos, pensávamos igual em relação a muitos assuntos. Nossas cartas eram enormes e foi por ela que escrevi tantas páginas. Foi minha melhor amiga, esteve comigo em momentos que precisei, dividiu minhas tristezas e sentimentos que jamais contei a qualquer outra pessoa, ninguém entenderia, só nós dois, éramos diferentes, e, naquele papel, era o nosso mundo e nada mais importava. A saudade é imensa toda vez que abro essa caixa, toda vez que penso nela. Tanta história, tanto passado, tantos sonhos na prateleira. Eu queria tê-los transformado em realidade, fugir do mundo, de todos, afinal sentíamos como os únicos no mundo que entendiam um ao outro, éramos como uma mesma alma em corpos separados. Doce inocência e ingenuidade, éramos ambos muito jovens e tínhamos verdadeiro amor e ainda puro um pelo outro. Ela era a rainha dos meus sonhos e as cartas e os momentos com ela valiam tudo pra mim. Eu queria ajudá-la e ela dizia que o fato de eu estar alí já era o necessário, a fazia rir, eu a compreendia, partilhava sentimentos e ela dizia que não havia ninguém no universo tão maravilhoso quanto eu. Arrumei as cartas dela por data, nunca consigo chegar a ler a última. Sou mesmo muito emotivo para saber lidar com a saudade de tudo que ela foi e sempre será pra mim. Prefiro parar nas linhas do agradecimento e que sempre terei meu lugar guardado ao lado dela, seja onde e quando for. Anos depois, eu ainda sonho com ela toda noite, ainda falo com ela e a vejo, perdido em momentos que se misturam com o que aconteceu e como seria hoje, desde a última carta que voltou, acompanha por um bilhete não escrito por ela. Ela só queria ser feliz, livre, acabar com aquele martírio. E então ela se foi.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

"Peace in pieces"

Esse blog não foi feito pra ficar falando de notícias da atualidade, pra isso existe o Jornal Nacional & cia, mas como minha mãe fica antenada (não sabe-se porque) no caso da garotinha defenestrada em SP, há algumas semanas atrás, vou desabafar: COMO alguém leva a sério hipóteses tão ridículas?! Um pedreiro teria invadido o apartamento, matou a garota, jogou-a pela janela e saiu como se nunca estivesse estado lá; alguém teria invadido o prédio ao lado e, de alguma forma Macgyver, fez o q fez e ninguém viu/escutou/sabe de nada. Patético! Agora só falta dizerem que o Super-Homem entrou no apartamento voando, fazendo aquele rombo na tela, pegou a garota, que supostamente estava sozinha em casa enquanto o pai ia na garagem buscar o resto da família (¬¬) e saiu voando com a menina, mas a deixou cair. Com medo dos agentes secretos do planeta X, ele saiu voando descontroladamente e se escondeu junto com o Bin Laden, onde ninguém os acharia pelos séculos e séculos. Tudo isso em alguns minutinhos.
Francamente, seja quem foi, não tiveram muita imaginação na coisa, nem assistiram a um mínimo de Law&Order pra ter umas idéias de encobrir pistas e essas coisas. Tive que concordar com o namorado da minha irmã, se eu tivesse feito uma grandiosa merda dessas, teria colocado fogo no apartamento, no prédio, qualquer coisa grande do gênero, ficaria menos ridículo do que cortar um pedaço da tela.
Uma criança de 5 anos, que bizarro!
E quem não acha q foi o pai e a 'má'drasta, levante a mão, porque eu que sempre achei isso, como diria K, mantenho meus bracinhos arreados.



Descanse em paz, menininha.

sábado, 12 de abril de 2008

Entre a gordura e a qualidade

Os saudáveis que me perdoem, mas gordura é essencial.
Em tempos de crise de excesso energético, é sempre ela a culpada. Porque afinal tudo o que é integral é sempre mais bem visto na sociedade. Mas convenhamos, o sabor é proporcional à transparencia do guardanapo. Quanto mais transparente, melhor o salgado. Quanto mais chocolate, melhor o bolo.
Nunca vi um único ser que preferisse bolo branco com recheio de doce-de-leite com ameixa. Assim como só soube de um único caso de alguém que considera como cor preferida marrom. Deixarei as cores de lado por enquanto.
Vegetais não inspiram banquetes, não existe soja de natal, ovo de páscoa sem açúcar só se for versão canina.
Afinal se coisas lights fossem naturais, vaca daria leite desnatado.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"Vou passar aí pra te deixar o convite... você vai né?"

Batizado, chá de panela, casamento e colação de grau. Não necessariamente nessa ordem, mas são chatices que todo mundo (ou quase mundo, para os sortudos que nunca passaram por isso) passa. Batizado não me refiro ao meu, até porque fui batizada bebê e ,obviamente, não lembro. Mas batizado alheio é um pé no saco, principalmente se for de bebê e pior ainda quando são muitos e fica aquela choradeira na igreja. Sinceramente, não sei porque os pais tem q chamar a família inteira e todos os amigos - e fazer questão da presença! - prum batizado. Alegrem-se eles mesmos com o evento e poupem os outros disso! E normalmente são sábado de manhã, ou chovendo ou calor de 40oC!
Casamento é quase a mesma coisa. Os noivos mandam convite pra Deus e o mundo e fazem questão de presença. Exceto pra quem está casando e pros emotivos mais chegados, a grande maioria acha chatíssimo ficar ouvindo o juiz de paz, o pade, o pastor, ou rabino ou seja quem for o celebrante ficar discursando sobre casamento. Às vezes até é bonito, mas chegar no encontro familiar levando o DVD (ou VHS pros mais antigos) do casamento como se todo mundo estivesse interessado em assistir, é demais. A cerimônia é que nem vestibular, ninguém quer fazer duas vezes. As pessoas, exceto as que não saem de fininho, ficam pra ver por educação, quase morrendo de tédio. Assim como ficaram na igreja... só pensando na festa. Festa é a única parte que os convidados querem ir. Acho deselegante convidar apenas pra cerimônia.
Também penso o mesmo em relação a colação de grau. Todo mundo é convidade pra entrega dos diplomas da galerinha jogando aquele chapeuzinho ridículo e achatado pro alto, que nem filme de Sessão da Tarde, mas quase ninguém é convidado pra festa. Colação de grau acho que ganha o Prêmino da Chatice do Universo. Não é absolutamente nada legal pra ninguém, tenho minhas suspeitas que até pro formando deve ser chato. Pior ainda quando é colação de grau de Direito e o nome da pessoa é Vivian (baseado em fatos reais). E você chega cedo pra pegar cadeira, o evento atrasa (ó novidade), cada professor, reitor, orientador, faxineiro, Zé Bolinha, orador e etc discursa uns 10 minutos, você fica lá até o final bocejando pra abraçar seu amigo com um sorriso amarelo e desejar "parabéns!" e aquelas frases-tipo-aniversário que todo mundo sempre fala a mesma coisa e ficar esperando que todo mundo decida onde ir pra bebemorar enquanto você já está alí de saco cheíssimo querendo é matar todo mundo.
Pelo menos do chá de panela os homens escapam. E vocês homens não sabem do que escaparam! Eu sempre achei ridículo chá de panela, que coisa mais imbecil! Fica um monte de mulher casada-wannabe, tia encalhada e tia velha dando palpite, falando de decoração de casa, o que comprou na Casa & Vídeo - ou na Leroy Merlin pros metidos a chique - do marido etc. As desinteressadas que vão por educação (ou obrigação), que não sonham em casar e/ou nem namorado têm, que se contentem em colocar a cadeira estrategicamente ao lado da mesa das comidas que cada uma leva um prato, tipo festinha americana, e fique degustando de torradinha com 30 variações de pastinhas e variações de bolo Dona Benta: chocolate, milho, fubá... Porque ninguém leva salgadinho e vodka pra essas coisas???!!! A pior parte, onde se atinge o ápice da chatice, principalmente pros nada humarados, como eu, é a dos presentes. A mulherada embrulha toscamente o presente que comprou na lista da noiva, que fica vedada no meio da rodinha e tem que descobrir o que é. O objetivo é embrulhar o presente de forma tosca e zoada exatamente pra que a noiva pagando-de-babaca não descubra e pague mico, sendo pintada ou seja lá as modalidades que inventam. Francamente, não tem nada mais babaca (pra não falar palavras de baixo calão) que isso. Cadê o senso do ridículo?

Porque as pessoas continuam fazendo essas coisas e não se tocam? E ainda reclamam quando os entiados como eu, e provavelmente todos que concordam, saem de fininho do chamado evento ou arrumamos uma desculpa esfarrapada pra não ir. Ou sendo bem franco: Não vou porque é uma chatice!!!!!! Ponto.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Pensamento roubado

"Se todos soubessem tudo o que passa na minha cabeça, me veriam com outros olhos. Às vezes é preciso simplesmente mudar a si mesmo para resolver uma situação de uma maneira melhor. Alguns o fazem tão bem, que ninguém sabe agora se é ou não sua verdadeira face."

sexta-feira, 28 de março de 2008

Momento descontração

Recebi isso do meu pai por e-mail e achei hilário. Só pra descontrair um pouquinho.


Grande promoção da Sony

Participe!!!


Uma viagem ao Japão de 15 dias, passagem e hotel pagos com direito a acompanhante, mais 5000 dólares para gastar a vontade. Essa vale a pena tentar! Para ganhar a viagem é necessário adivinhar na foto anexa:
1) quem está com sono,

2) quem está quase dormindo,
3) quem acordou agora e

4) quais são os 'dois' gêmeos.

Boa Sorte!!!



quarta-feira, 26 de março de 2008

O rato

Nos últimos dias, tem sido inevitável a minha convivência com um fantasma roedor em minha casa. Não, eu não o vi. Só ouvi falar. Minha irmã afirma ter visto o rato às duas da manhã na sala, debaixo da poltrona vermelha. Essa é a única vez que tivemos provas visuais da existência de simpático bichinho.
Conviver com a possibilidade de um exemplar de roedor no mesmo teto que o seu, pode-se dizer que é o inferno. Ter nojo de todas as comidas e de todas as partes da casa. Pensar que você pisa no mesmo carpete em que ele depositou suas amáveis patinhas. Imaginar que ele esteve deitado na sua cama. Não é possivel, prefiro acreditar que minha cama ele teve o mínimo de simpatia o suficiente para respeitar meu repouso.
Ontem, infelizmente um dos milhares de saquinhos de veneno para rato com macadâmia que estão estrategicamente espalhados pela casa, foi encontrado com um furo. Diz-se que depois de 48 horas de agonia e hemorragia, meu hóspede camundongo irá morrer. Esperarei mais 24 horas. Mas realmente não queria vê-lo morto. Não é que ele tenha feito algo contra mim, mas a existência dele exclui a minha.
Talvez se eu tivesse a oportunidade maravilhosa de ver o animalzinho estaria eu mais feliz com sua provável morte. Mas existe um abismo enorme entre ver e ouvir falar. Talvez se eu tivesse posto meus olhos naquela pelagem cinza, minha relação com o roedor seria diferente. Ver é uma coisa muito mais tátil. Eu poderia sentir as patinhas dele tocando a minha rotina.
Mas como só ouvi falar, ele é praticamente um fantasma, a única presença que eu sinto dele é o medo depositado por sua breve aparição e os inúmeros saquinhos de veneno.

terça-feira, 25 de março de 2008

Duc in altum

E então terminou. Até que durou bastante, mas muita distância, muitas barreiras, muitos esforços e sacrifícios seriam necessários. E tanto mar...
Ele nunca saiu do seu porto seguro, tudo poderia ter sido evitado desde o início, se ele tivesse falado que não iria ao auto-mar. Teria sido mais honesto. Mas falar não é da personalidade dele, nem agir. Já ela detestava o marasmo e ficar sozinha no meio do mar se tornou cansativo, solitário. Voltou pro seu canto, mesmo sendo o oposto do outro. Ficaram de "oi, tudo bem? Como vai a vida?" até que essas palavras vão perdendo seus verdadeiros interesses e vão ficando ao longo do mar. E é tanto mar, tanto tempo, que pelo menos nenhuma das partes sofre mais. E então acabou.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sobre o meu hiato

Explicações para os escassos leitores desse blog.
Enfim, devido a fatos externos tipo minha mudança, a falta de internet em minha vida. Acabei sem postar durante séculos. Mas hoje postei \o/
Tem um texto escrito há muito tempo (que sabe se lá porque) não apertei no botão certo e acabou sendo salvo como rascunho, mas agora está a disposição de todos, mas acabou ficando com a data de quando escrevi e não postei (18/02). Acontece... E mais um novo.
Entra ano e sai ano e a única coisa que eu sei escrever é melodrama. ¬¬
Juro que tentarei escrever um texto engraçadinho, afinal comédia sempre faz sucesso. Enquanto isso, continuo escrevendo essas coisas aí, dignas de revista feminina. Eu e Besuji ficamos de escrever pelo menos um texto a cada duas semanas, projeto 2008 (junto com perder alguns quilinhos, e ficar sarada para o verão) . Quem acredita levanta a mão! ( _o/ )

O vício dos ausentes

Eles nunca se viram e provavelmente nunca irão. Já se passaram cinco anos desde que souberam a existência um do outro e não mais tiveram contato, mas nunca se esqueceram. Inventaram cada um uma personalidade para o outro e transformaram este naquilo que desejavam que fosse. Pensaram algumas vezes em se encontrarem, mas como conseguir encontrar alguém que você criou? Ou como não se decepcionar que o outro não fosse exatamente como o imaginado?
Preferiram perder o contato, deixar os cabos desconectarem. Eles ainda se lembram de todos os momentos que estiveram juntos, de todas as conversas, dos sonhos que tiveram, porém era uma lembrança de algo que nunca existiu. Não existem fotos, filmes, sensações reais, mas ainda sim o cheiro daqueles dias ainda é tão verdadeiro que podem sentir só de fecharem os olhos.
Não houve entre eles mais que algumas palavras, mas ainda estão presos nos lugarem em que tantas vezes se visitaram. A nostalgia de todas as suas quimeras. De tanto se imaginarem, muitas vezes duvidam que o outro seja real, que possa existir alguma coisa além daquelas lembranças construídas em volta de tão pouco.
Continuam no pólo errado e ainda se vêem em seus sonhos.
Previously on LOST

Enquanto os lostmaníacos piram os cabeções deselvolvendo e discutindo milhões de teorias (e viagens na maionese) sobre viagem no tempo, Jacobe a cabaninha teleportável, the oceanic 6 e por aí vai, Natsuji e eu discutimos sobre a reboladinha do Ben, a relação entre o Walt e o Lostzila, q é impossível ter tido sobreviventes e os vários mistérios do acidente em si, q a Kate roubou o filho da Claire e de onde tiraram com tanta certeza q o Sawyer é um dos 6?
P saber o resultado é só continuar como a gente, baixando os eps da 4a temporada, lendo spoilers e sonhando com LOST. E viva a nerdice! \O/

Sim, estamos com falta de assunto pra postar.

See you in another life, my brother.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sobre os gatos.

Foi tudo muito simples.
Ninguem chorou ou guardou mágoa alguma.
Ninguém quis voltar.
Ninguém se arrependeu.
E foi tão simples que podia parecer mal explicado.
Mas ninguém se importava.
Tão simples que as frases não tinham mais que três palavras.
Que não foi necessário mais que um minuto.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

I´m getting older too

Janeiro mês de férias e parece que o Mukypho tirou férias tbm. Não na verdade. Estivemos apenas ocupadas e esquecemos de postar. Afinal, postar leva tempo, pq ninguém (desafio quem diz que consiga!!!) consegue entrar na internet e ficar menos de 3 horas, sem nem perceber q passou tanto tempo e não fizemos nada do q deveríamos ter feito. É, estivemos ocupadas, afinal estamos ficando velhas e cada vez temos mais coisas pra fazer. Ah como era grande quando eu era criança! Ia pra escola, chegava da escola e brincava no playground com meus amiguinhos do prédio: bandeirinha (o melhor jogo de criança ever!!!), pique-esconde, pique-pega e todos aqueles piques-alguma-coisa com seus 300 variações, subíamos de escada correndo até o último andar e, qd chegávamos lá, descíamos imediatamente também correndo e no maior pique (o prédio tem 11 andares e o play fica no térreo). Hoje em dia se eu subo um lance de escada correndo, chego sem ar, mudando de cor, quase desmaiando. Como diria o poeta "Como são belos os dias do despontar da existência! Respira a alma inocência como perfumes a flor; O mundo - um sonho dourado, a vida - um hino d'amor! Oh! Que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras..." não vou continuar o poema pq não nasci no interior e no playground não tinha laranjeiras nem bananais. Enfim, é bom ser criança! É o que eu penso quando lembro da minha época. Mas não é o que penso quando vejo a infância de hoje em dia; me faz entrar numa nostalgia oitentista de dar dó das crianças de hoje. Elas já não brincam de piques e bandeirinha, o playground do prédio está sempre vazio. O mundo infantil se resumiu a programas esdrúxulos de televisão (odeio Lazy Town!!!! Pronto, desabafei!) e computador, os filmes infantis já não são tão infantis como as princesas da Disney, nem a Xuxa faz mais filmes como 'Lua de Cristal'. Não vou nem entrar no detalhe desagradável de como a inocência também está sendo perdida cada vez mais cedo! É estranho ver as crianças encantadas com roupas de grife e maquiagem, no meu tempo usávamos aqueles conjuntinhos de lycra (tá, tbm eram horrorosos, como tudo nos anos 80!) , e umas roupinhas mais gastas pra brincar e se sujar todo, porque corríamos e suávamos até ter caraca (ééé, que nojo! mas isso q era infância! E ai de quem diga que nunca teve!) e tomávamos uns 5 banhos por dia. Pelo menos alguma coisa do mundo da imaginação foi preservado, quando vejo as crianças saindo na rua fantasiadas, por mais estranho que isso seja - e não é só na época de carnaval. Alguma coisa tem q ter sobrado pra elas. Até as bonecas de hoje em dia são mais difícieis de usar que aqueles estojos com milhões de botões que abria uma régua ou abriam e fechava um compartimento; as bonecas falam, choram, fazem xixi, tem pele mole, parecem um bebê de verdade, só faltam ter vida própria - e lá se vai a imaginação das crianças. Quando elas souberem para que servem todos os botões de cor e salteado, lá se foi a graça do brinquedo.
Eu estou aqui escrevendo meus pensamentos e ouvindo 'The Monkees', coisa que a geração 2000 nunca ouviu falar e provavelmente não irá conhecer. Fui num aniversário de 8 anos mês passado e as 3 horas que passei na festa, só tocou funk e, como se diz atualmente, bombou. Nem 'Xuxa só para baixinhos', que aliás é outro porre. Não é porque eu já estou crescidinha que acho chato, porque quando me dá crise do adulto-infantilizado eu me divirto com as musiquinhas antigas da Xuxa. Até onde eu me lembre, nas festinhas dos meus amiguinhos tocava música de criança e nenhum de nós queríamos ficar rebolando ao som de pornografias, ainda que não entendéssemos bem do que se tratava - vide quando começou 'É o tchan' e coisas do gênero (observação: nunca gostei). Mas aí eu estava mais pra lá dos 10 anos e quase saindo fora da infância, apesar de ainda comprar CD da Xuxa. E música não ser preocupação nem ocupação, quando se tinha barbies, amigos, playground, imaginação e uma infância que não media tempo. Como diria tio Casimiro "Que auroras, que sol, que vida, que noites de melodia naquela doce alegria, naquele ingênuo folgar! Oh dias da minha infância! Que doce a vida não era nessa risonha manhã! Em vez das mágoas de agora, eu tinha nessas delícias...".
Uma amiga teve gêmeas há pouco tempo e comentou que até elas serem adultas, serei comissária de bordo de uma nave espacial onde as gêmeas estarão pilotando para uma colônia terráquea em Júpiter. Que medo disso!


"Can the child within my heart rise above?
Can I sail thru the changing ocean tides?
Can I handle the seasons of my life?
But time makes you bolder
Children get older
I'm getting older too"
(Fleetwood Mac)