quarta-feira, 10 de outubro de 2007

"Estou com medo de me apaixonar, mas ele é lindo, loiro, surfista..."

E assim começou mais uma linda história de amor... Não, não sou eu, não gosto de loiros e muito menos de praia. Mas tem gente que é bem assim, se ele não fosse loiro? E se não fosse lindo? Seria assim também? Por quem ela se apaixona? Por ele ou o estereótipo? Ou é só o doce masoquismo de se ver na mesma situação?

Ele não a ama. Nunca amou. Ele ama a namorada, nunca ela. Ela era a sobremesa, não o jantar. Ela quase morria quando o celular dele tocava e era a oficial. A mentira indisfarçável sua frente incomodava, mas como dizer que eles não teriam futuro? Afinal, para ela hoje era futuro, pois no início era carnaval, festa, cidade pequena,bloco de rua, chuva, multidão. Só depois ele conheceu aquela que se tornou eterna em sua vida, e que não era ela. Tinha ficado esquecida em algum lugar da sua memória, até que resolvesse retornar.

Anos depois e um relacionamento escondido era futuro e poderia dar certo. Mas é difícil negar que ele só quer te comer quando ele resolve te chamar para ir em um motel, não é? Triste não? Ser menos importante.

E ela começou outra vez: conheceu outro lindo, loiro, surfista e estava com medo de se apaixonar. Medo de se apaixonar. Frase que só diz quem já está apaixonado. Talvez o correto fosse dizer "estou com medo de cair na mesma merda de novo"

Às vezes, nem era mais a namorada dele, porque dessa vez ele não tinha namorada, era o descomprometimento dele. "Eu gosto de você, mas não quero namorar agora." E quando termina o agora? Ela queria ficar com ele, a exclusividade que a palavra namoro trazia, mas abria mão daquilo que queria só porque se tentasse ir além perderia o pouco que tinha. A lógica do não quero perder o que não tenho. Mais fácil acreditar no discurso sobre não fazer promessas dele, afinal quem não faz promessas pode sempre dizer "eu nunca te prometi nada" e assim se expiar de toda a culpa, afinal ela se apaixonou porque quis. Ele nunca disse que queria mais do que aqueles esporádicos encontros, quem imaginou isso foi ela. E não era a primeira vez que ela fantasiou alguem.

E aquilo se arrastou por mais de um ano, agora ela era a namorada e tinha toda a exclusividade que ela sempre quis, mas de que adianta exclusividade se não se tem o amor dele? Porque ele não queria amor, não queria reciprocidade na integra apaixonada dela, não queria fazer parte da vida, partilhar alegrias, tristezas, dificuldades, doenças. Ela não escutou em todo esse tempo um "te amo". E finalmente a frase que ele encontra pra dizer é "Estou indo viajar, preciso me encontrar". Até que a morte os separe nao era pra ele. Nem até o sol raiar amanhã. E ele então viajou e ela ficou sozinha, sofrendo mais uma vez seu amor não compensado.

Por que o não loiro, não lindo, não surfista do passado não teve a mesma sorte. Ela nunca realmente se apaixonaria por ele.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Mesmo eu sabendo que você não poderia estar lá

Mesmo eu sabendo que não era você alí comigo, eu me deixei levar. Procurar por um amor fácil, por alguns minutos, algumas horas talvez. É ruim estar sozinha, tão sozinha que se torna carente e cai nos braços de alguém tão facilmente. Mas, que coisa, não parei de pensar em você um minuto, o tempo todo, queria que você fosse quem estivesse alí. Mesmo o tempo não trabalhando a nosso favor, eu sempre lembro de você nas pequenas coisas, te procuro nos simples fatos mesmo sabendo que você não está em qualquer lugar, nem em todos ao mesmo tempo, nem ao menos tenha estado alguma vez. Mas eu sinto sua falta. Não quero qualquer um, não quero qualquer companhia, mais uma, menos uma, tanto faz. Qualquer quarto, uma cama para deitar. Não. Queria que fosse você. E é por isso que esta noite me sinto tão vazia. Queria dormir em seus braços, olhar com sinceridade no seu rosto, nos seus olhos e saber que você - não algúem, mas você - me ama. E sentir que estaria tudo bem e que tudo ficaria bem, que estaríamos assim, juntos em corpo e em sentimentos para sempre. Mesmo sabendo o que para sempre pode acabar com o amanhacer. Hoje estamos longe, procurando um o outro em outras bocas, mas sem abraços, sem amor de verdade. Amor de verdade... só sei que existe porque senti em você. Eu queria estar com você agora e dizer que farei com isso seja eterno para nós dois, que te amaria para sempre porque é você em quem eu penso em todos os momentos, ainda que estejamos sendo jogados de um lado para o outro nas mãos do tempo, da dor... da vida. Até quando?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Dias chuchu

Odeio dias chuchu ainda mais que dias ruins, dias ruins alguma coisa te acontece. Morre seu hamster, você vai mal na prova, bate o carro, leva um chute. Mas dia chuchu, ele já começa assim, sem perspectiva alguma. Passam as horas arrastadas e nada acontece. Você olha para o telefone a cada 5 segundos, para saber se nos outro 4 alguem te ligou. E você deseja tanto, tando que alguma coisa que seja aconteça, que alguém te chame pra qualquer coisa. O quê? Ir com você ao médico? Claro. Vacina no cãozinho? Lógico. Visitar a vó no asilo? Como recusar?
Nesses dias que não aparece uma viva alma te chamando pra beber no barzinho tosco da faculdade, sinceramente, prefiro as segundas. Elas ainda tem um ar de dia ruim, início da semana, mas as terças? Ah, o que dizer das terças? Nada, porque são assim... dia chuchu. Elas não são promessas de nada. Você não diz que vai começar a dieta na terça ou que na terça você vai pensar nisso. Terças não representam promessas, ou grandes dias. Alguém conhece uma festa boa pra eu ir nessa terça? Não, porque existem festas na segunda, mas não na terça. Enfim, daqui a duas horas finalmente termina esse suplício. E vem a quarta... e quarta feira pode ser um dia excelente. ^^