sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Nostalgia da infância paulistana

Estava conversando com um amigo um dia desses, aquelas conversas que assuntos surgem do nada e começamos a falar sobre nossa feliz infância em São Paulo. Entre elas, o Parque da Mônica pra mim ainda é a melhor. Eu fui tantas vezes que não sei mais. As casas da Mônica e da Magali que só tinha vários vestidos iguais no guarda-roupa; o banco com cheques e dinheiro da Mônica e a pscina de bolinha. Mas não adianta querer voltar lá na próxima ida a São Paulo, numa crise de infantilidade que me ocorre de vez em quando, pois nossa altura atual não nos deixa entrar na maioria dos lugares. Se é que ainda se usa aquele medidor de altura, o qual eu acho muito injusto; se a criança é muito alta pra idade dela, coitada. Pelo menos o parque continua lá.
Lembramos do finado Simba Safari. Sempre tinha um macaco pra grudar na grade de proteção da janela do carro. meu tio dizia que os animais já o conheciam, toda vez que ia visita ele tinha que levar no Simba Safari. Era uma idéia interessante deixar os bichos soltos, agora eles voltaram pro cercado, virou um zoológico que as pessoas vão visitar de carro.
E quem lembra do The Waves? Sinceramente, lembro vagamente, não tenho uma memória muito boa e essa infância paulistana já aconteceu a acabou há muitos anos. Lembro da pscina de correnteza que era uma dificuldade pra sair dela; a pscina de onda que eu achava ideal, detesto o sal da água do mar; os toboáguas multicoloridos e incrivelmente grandes. Também acabou.
Itu. Viajava-se um tempinho pra fora da cidade de São Paulo pra ver a tal da cidade onde tudo é gigante. Só se for gigante na monotonia. Não tem nada "de Itu" em Itu, apenas um orelhão (que remota ao tempo dos orelhões de ficha) gigante e umas borrachas enormes da lojinha de lembrançinhas de Itu. Que fiasco de lugar.
Também não fica muito pra trás no fiasco a Cidade da Criança. Coitada das crianças, deviam ir lá cheias de alegria num lugar supostamente pra se divertirem. A única coisa que lembro são de uns brinquedinhos velhos e um poço pra jogar moeda e fazer desejo. Imagino quantas moedas foram jogadas alí desejando que o lugar se transformasse numa verdadeira cidade da criança, uma disneylândia nas inocentes cabecinhas infantis desapontadas. Se alguém voltar lá pelos dias atuais, me digam como está.
Mas de todas as lembranças, as mais presentes na minha memória é o barulho do metrô e dos aviões sobrevoando baixinho o bairro de Jabaquara. E minha tia que tomava sol na varanda e acenava pra eles. Carioca sem praia se vira do jeito que pode.
Criança se diverte com qualquer coisa e é por isso que guardo boas lembranças dessa nostálgica infância paulistana. A última vez que estive lá, pode-se dizer que fiquei levemente entediada. Afinal, só me restaram as recordações, nem a família ficou por lá.

2 comentários:

Alice Salles disse...

Pode sim e o de vocês ja esta la.

Alice Salles disse...

The Waves! Nossa, que saudade!