sábado, 28 de maio de 2011

Homens interessantes e solteiros estao em extincao!

Minha irma fica me mandando links dos blogs que ela le e raramente eu acho que ela le algo que preste, mas, dentre esses muitos e-mails, achei esse sensacional, parece que foi escrito por mim. Sem mais perguntas do porque eu sou solteira.




Onde se conhece alguém?


Em primeiro lugar, gostaria de deixar bem claro que eu não faço a menor ideia. Não sei o que se passa com os homens interessantes dessa cidade. Ao que parece, eles se escondem em algum porão secreto e, quando aparecem, já estão casados ou namorando. Ou então, o porão era uma espécie de armário e eles saem de lá sarados e fãs da Lady Gaga.
Uma amiga minha, que eu considero legal e descolada, disse que conheceu o namorado dela num samba. Concluí que eu também poderia perfeitamente conhecer alguém interessante num samba. Exceto por um detalhe. Eu não sei sambar. Quer dizer, quando o lugar está bem cheio e escuro, eu finjo que sei sambar. Tenho uma técnica infalível que consiste em mover os ombros e a cabeça como quem está sentindo a música e erguer as mãos com as palmas viradas pra cima (de preferência durante o refrão, quando eu também finjo saber as letras).
Mas como a técnica não inclui dançar em dupla, percebi que será bem difícil conhecer alguém interessante num samba. Talvez flertando num bar. Só não sei que bar. Aqui no Rio, só conheço bares com mesas para grupos de amigos ou casaizinhos. Ou grupos de amigos compostos por casaizinhos. E eu geralmente estou nessas mesas, como representante do número ímpar.
De todo modo, é impossível flertar nesse tipo de bar. Primeiro porque eu não sei flertar. Quando eu fixo o olhar em qualquer coisa por mais de cinco segundos, meus olhos começam a arder e a lacrimejar. Dali a pouco o cara vai achar que eu estou chorando porque estou deprimida.
Também não sei ser sedutora/sensual. Não suporto aquelas mulheres que ficam mexendo no cabelo de maneira sexy. Talvez porque meus cabelos sejam cacheados e não me seja permitido ficar mexendo neles de maneira sexy. Na única vez que tentei fazer isso, meus dedos ficaram presos no meio do caminho porque os fios estavam embaraçados. É por isso que se for pra conhecer alguém interessante, não vai ser nem num samba, nem num bar.
Uma outra amiga minha, que eu também considero legal e descolada, disse que conheceu o marido dela em uma boate. Aliás, falando nisso, qual é o termo atual para “boate”? Acho “boate” muito anos 60. E discoteca é super anos 70. Afinal, qual o nome que se dá àquele lugar insalubre e lotado onde uma porção de gente desinteressante se reúne para beber e dançar ao som músicas desagradavelmente altas? Uma terceira amiga minha, também muito legal e descolada, disse que o termo para isso é “night”. Tenho certeza absoluta de que se for pra conhecer alguém interessante não será nem num samba, nem num bar, nem na “night”.
Nossas amigas legais, descoladas e solteiras têm sempre alguém ótimo para nos apresentar. E eu sempre penso que se o cara fosse assim tão ótimo, as amigas iriam querer pra elas. Já as legais, descoladas e comprometidas entram numa de nos apresentar os amigos dos namorados delas. Outra roubada. Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que amigo de namorado de amiga NUNCA é interessante. Eles são sempre meio carecas, gordos e cheios de opiniões irritantes sobre vários assuntos. Quando aparece um mais bacaninha, pode ter certeza de que é comprometido.
Talvez as pessoas interessantes estejam no cinema. Ou numa exposição de um artista plástico incrível que eu não vou saber o nome porque não sou culta o bastante. Talvez essas criaturas estejam do seu lado e você não perceba. Ok, isso é totalmente mentira. Eu olho para os lados O TEMPO TODO e não vejo nada.
Ainda não descobri qual é o tal porão secreto onde os homens interessantes e solteiros do Rio se escondem. Se alguém ficar sabendo, por favor, me conte. Até lá, triste admitir, poderei ser vista circulando pela cidade, provavelmente em sambas, bares e “nights”. Talvez até saindo com amigos de namorados de amigas. E sempre, sempre olhando para os lados.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Joselitos do meu Brasil

Joselitos do meu Brasil, aceitem que brasileiros falam sobre o que não sabem, não tem humildade de dizer "não sei".
Brasileiros ficam indignados quando no exterior acham que a vida no Brasil se resume a samba, futebol e Amazônia. Acham que andamos nu, moramos em oca e falamos espanhol ou brasileiro. Ignorância ou não, essa é a imagem que o Brasil exporta. Agora pergunto aos joselitos: o que vocês sabem sobre a República democrática do Congo? Os joselitos agoram imaginaram um gorila, casas de palafita, povo primitivo e falta de eletricidade e água encanada. Aí vão dizer que o Congo não é famoso internacionalmente e o Brasil sim. (Pelo o que além de carnaval, Ronaldinho e Amazônia eu não sei). Então dou outro exemplo: toda vez que falo que moro no Oriente Médio tem alguém pra dizer "BOMBA!". Quando digo que é seguro, a companhia dos joselitos vem dizer "mas tem bomba!". Po**@! Quando foi a última guerra com bomba no Oriente Médio? Guerra do Iraque não conta, não foi por causas locais. Aí os expertos e cultos acham que eu moro numa tenda no deserto andando de camelo e perguntam se eu já casei com um sheik do petróleo. E os que se acham mais dentro da realidade perguntam se eu uso burka. PELAMORDEUS!!!!!! Joselitos, de onde saiu esta conclusão?? O Afeganistão não é no Oriente Médio (pra quem está com vergonha de pegar um mapa, é na Ásia e não é árabe, é persa) e a burka foi imposta por um regime conturbado que se acha muito religioso (não vou entrar em detalhes). Uma vez, num desses blogs de moda que minha irmã lê, teve um tópico "burkas na Malásia" e as joselitas todas comentando impressionadas que as meninas islâmicas usam maquiagem e se vestem bem. Valeu Joselitos, depois ficam indignados que acham que mulheres brasileiras vivem com roupa de carnaval ou de biquini.