domingo, 30 de dezembro de 2007

Happy fucking new year!!!!!!

Eu detesto essa babaquice de ano-novo. Gente suada se amontoando na praia, fazendo contagem regressiva de 10 a 0 pra ver fogos de artifícios e ficar agarrando um ao outro p desejar "feliz ano novo" e mais aquele monte de palavras decoradas e clássicas que sempre se diz, tipo em aniversário. Todo mundo, ou quase todo mundo, de branquinho, parece um bando de pai de santo!!!! Aí negozinho pula 7 ondas, come 7 uvas, joga flores pra Iemanjá, taca pipoca no corpo pra dar sorte (q porra é essa?!?!?!), estoura cidra (pq ninguém leva champagne de verdade pra praia) etc etc. E no dia seguinte tá lá a praia, toda cagada! Isso n é pra mim, definitivamente. As pessoas esperam a noite de 31 de Dezembro pra se iludir fazendo mil promessas: que vai estudar no ano que vem, correr na São Silvestre, parar de fumar, emagrecer 50 kilos e coisas qe não vão cumprir. Desejos de verdade não esperam até o último dia do ano, eles não têm data marcada no calendário e cronometradas. Eu fico mesmo amarga (sim, mais do q o meu estado normal - e tive uma professora de literatura que disse q isso é normal e mta gente fica super pra baixo nessa época) no tal no ano-novo, reveilon ou seja lá como quiserem chamar; é a mesma merda, e só o último dia de mais um ano. Pra quem gosta dessa data, divirtam-se, quanto a mim, continuo com o melhor texto de sobre ano-novo ever!!!! Foi escrito pra virada de 1999 pra 2000, mas é sempre atual, afinal essa tradição escrotinha não muda. Enfim...

Um monte de gente acha que o mundo vai acabar na virada do novo milênio. Acham que verão a segunda vinda de Cristo, o apocalípice, armagedon, dias negros. Acham que tudo depende do grande plano de Deys. Pergunte a si mesmo: Deus sabe que é primeiro de Janeiro? O relógio dele bate meia-noite e bate, em qual fuso horário Ele está? O homem inventou horas, dias e minutos. O homem inventou calendários e relógios. Deus tem o próprio tempo dEle é burrice nossa achar que podemos acertar a hora para Ele. Tudo o que podemos fazer é olhar pro relógio correr e esperar pelo melhor.
Um bando de homens sentados em suas celas na virada do novo ano, um novo século, um novo milênio. Mil anos. Eles olham pro futuro e tudo que veem são eles mesmos nas mesas celas. Negros e brancos, estamos aqui no precipício. Nós somos seguramos ou despancamos. Juntos ou separados. É a nossa escolha. Depende de nós. Depende de mim e de você. Feliz ano novo!

(OZ - de Tom Fontana e HBO - ep8s3)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

"The only things against us now is time"

E foi assim. Ela faleceu. E já faz mais de um ano. Não faz muita diferença pra quem só descobre agora. Eu sinto saudade dela, era um boa pessoa, um bom coração e uma solidão notável. Não passamos muito tempo juntas, mas me deixou com vontade de voltar e vê-la novamente um dia. Ela e ele. Eu quis partir e nunca imaginei que pouquíssimo tempo depois ela faleceria e minha volta não existiria, eu não a verei com vida de novo. Nunca mais. Se eu tivesse tido mais um dia, só mais um dia... Foi naquela casinha, naquela cidadezinha, naquele momento tão conturbado que a tristeza me deu vontade de dar um passo e mudar de direção, mesmo a direção sendo deixá-los, eu os levaria sempre no coração e foram com eles que senti, finalmente, essa vontade. Alegria e tristeza, prisão e liberdade... como sentir tanto antagonismo ao mesmo tempo? Eu senti. E foi graças a eles, a ela. Vou me lembrar pra sempre do gosto daquele queijo, das nossas muitas batatas cozinhadas, daqueles potes de iogurtes que adorávamos comer, da torta de queijo que ela fez naquele dia que cheguei em casa chorando e ela percebeu; disse que me despedi de uma amiga, mas era a situação q eu estava vivendo. E ela entende o que é a despedida. Nos despedimos com sorrisos sem saber que seria a última despedida. Talvez ela soubesse, mas eu não sabia, não queria que fosse. Queria me sentar naquela cozinha novamente e bebermos chá juntas, aliás, foi por sua causa que passei a ter esse hábito. E foi por você que aprendi a pilotar uma cadeira de rodas e os trabalhos que ela traz. Eu agradeço por tudo e por aquele "eu nunca vou encontrar outra como você". E eu tbm não. Descance em paz.

Em memória de Anna-Marie G.
(192X-2006)